As forças de segurança pública de Minas Gerais estão
mobilizadas em função da tragédia que ocorreu quinta (6) em Janaúba, no Norte de Minas. Informações da Polícia Militar dão conta de que um
vigia de uma creche municipal da cidade colocou fogo em várias
crianças que estavam na unidade cinco foram mortas.
Segundo o tenente-coronel João Aparecido do Nascimento, comandante do 51º Batalhão da PM, a situação gerou uma grande comoção na cidade. O vigia depois de incendiar várias crianças ateou fogo no próprio corpo e morreu.
Segundo o tenente-coronel João Aparecido do Nascimento, comandante do 51º Batalhão da PM, a situação gerou uma grande comoção na cidade. O vigia depois de incendiar várias crianças ateou fogo no próprio corpo e morreu.

Trinta e oito pessoas permanecem internadas em hospitais de
Montes Claros, Janaúba e Belo Horizonte. Entre elas, estão 22 crianças.
Duas funcionárias da creche, que estão em estado grave,
foram transferidas de helicóptero de Janaúba para Belo Horizonte, na manhã
desta sexta-feira.
O Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na Região
Centro-Sul de Belo Horizonte, também recebeu na madrugada mais quatro
crianças feridas. Unidade é referência no estado em tratamento de queimaduras.
Ao todo, há 11 pessoas internadas em Belo Horizonte, sendo 9 no João XXIII, em
estado grave.
O Centro Integrado de Atendimentos às Vítimas de Acidentes
(Ciava) do Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM) recebeu um pedido de
ajuda das equipes que trabalham no atendimento dos feridos no incêndio em uma
creche localizada na cidade de Janaúba, em Minas Gerais. O Ciava atendeu as
vítimas da tragédia na boate Kiss, em 2013.
Autor do ataque
De acordo com a prefeitura, Damião Soares dos Santos era
funcionário efetivo desde 2008. Ele ficou de férias de julho a agosto e, ao
retornar ao trabalho, no mês de setembro, alegou problema de saúde e foi
afastado.
Damião foi à creche na manhã desta quinta entregar o
atestado médico e cometeu o crime. O delegado Bruno Fernandes Barbosa informou
que ele entrou na creche de mochila, sem tirar o capacete, fechou as portas e
já ateou fogo em uma funcionária que estava na cozinha.
A perícia indica que ele fechou três salas da creche, onde
havia entre 55 e 60 pessoas. Ele tirou um galão da mochila, jogou álcool nas
crianças e ateou fogo. Logo as chamas se espalharam por outras salas. O homem
teria ainda segurado as crianças, impedindo que elas saíssem. Uma professora
tentou conter a ação de Damião e chegou a lutar com ele.
O vigia foi levado para o hospital com queimaduras no corpo
inteiro e morreu cerca de três horas depois. "Tenho plena convicção de que o crime foi premeditado,
ele escolheu a data de dia 5 de outubro porque o pai dele morreu no dia 5 de
outubro, há três anos", disse o delegado.
Segundo Barbosa, o segurança havia dito a familiares
que "essa semana iria morrer". Parentes disseram à polícia que, desde
2014, Damião já apresentava "sinais de loucura". "Ele alegava
que a mãe dele estava envenenando a água, e que isso estava trazendo
problemas", disse o delegado.
Na casa de Damião, a polícia encontrou cartas escritas por
ele, nas quais dizia ter predileção e afeto por crianças. Também foram achados
galões de combustível. "Encontramos seis ou sete galões de cinco litros
com álcool", disse o delegado.
Fonte: G1
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